segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Monólogo nas Trevas - do Fausto pessoano

De qualquer modo todo escuridão
Eu sou supremo. Sou o Cristo negro.
O que não crê, nem ama - o que só sabe
O mistério tornado carne.

Há um orgulho atro que me diz
Que sou Deus inconsciençando-me
Para humano; sou mais real que o mundo;
Por isso odeio-lhe a existência enorme,
O seu amontoar de cousas vistas.
como um santo detesta / /
Odeio o mundo, porque o que eu sou
E me não sei sentir o que sou, conhece-o
Por não real e não ali.

Por isso odeio-o
Seja eu o destruidor! Seja eu Deus-ira!

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