sábado, 26 de novembro de 2011

PQP, FDS Woody Allen, FDP foi quem me convenceu



Another Woman, minha cara no espelho, e a mão sangrando depois da porrada.
Manhattan e eu aprendendo a rir de mim mesma mais do q já faço, porque como diz Camus, o mundo é de um absurdo considerável. Realmente, O único remédio é rir.


Porque, conforme o físico de September, o universo é moralmente neutro e incrivelmente violento. Só o calor e o abraço de uma mulher para te livrarem da compreensão apocalíptica da Teoria das Cordas. Os quarks e os fótons estão cagando e andando para a humanidade. O universo é só uma convulsão momentânea de um cara surtado em descobrir-se.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Memórias de menina cantadas no Boitempo

RAIZ
os pais primos-irmãos
avós dando-se as mãos
os mesmos bisavós
os mesmos trisavós
os mesmos tetravós
a mesma voz
o mesmo instinto, o mesmo
fero exigente amor
crucificante
crucificado
a mesma insolução
o mesmo não
explodindo em trovão
ou morrendo calado.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Comunhão

       Há uns anjos boêmios que costumam frequentar esses antros noturnos que são os sonhos dos humanos. São esses que finalmente intercedem por ti. O resto é dedo-duro.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

The Jolly Boys

Banda jamaicana. Uma  achado da Ju.Posto aqui a versão de Rehab da Amy Winehouse:

 

http://www.youtube.com/watch?v=kqaadTlATqk 

Tem tb just a  Perfect Day:
http://www.youtube.com/watch?v=cnYBkEE05bA&feature=related

domingo, 13 de novembro de 2011

Memórias de menina cantadas no Boitempo

CHUPAR LARANJA
A laranja, prazer dourado.
A laranja, prazer redondo.
A laranja, prazer fechado.
A laranja, prazer de faca.

Ou o canivete. Cada golpe
anuncia: já se aproxima
o íntimo prazer da laranja,
que não se dá sem sacrifício.

A laranja não se espedace,
para mais intenso prazer.
A laranja fique redonda,
mesmo sem casca: esfera nívea.

Então corte rápido a lâmina
um dos polos; a mão aperte,
e a boca sorverá, sensual,
a líquida alma da laranja.

Quem foi que, anônimo, inventou
o prazer de chupar laranja
em forma global de mamucha?
Gerações antigas sorriem
neste mestrado de volúpia.
Essential Oils N - P

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O ovo inquieto

        Era uma vez um ovo. Já disse alguém, talvez tenha sido eu mesmo, que o ovo é a mais perfeita forma da Criação. Assim vivia ele, elipsoidal e único, sereno como se tivesse atingido o Nirvana ou essa ausência de si a que alguns fanáticos chamam estranhamente de meditação, e ainda por cima transcendental. Nada disso! Tão consciente ele era que, sendo ovo de galinheiro, tinha um receio pavoroso de ficar choco e virar uma dessas aves cacofônicas __ as únicas, em toda a natureza, que cantam sem música, pois até mesmo o pássaro-ferreiro, na sua estridência, tem uma bela harmonia metálica. Pensando nesse perfeito e inquieto ovo é que acabo de pedir uma omelete no restauarante. Talvez ele faça parte do conteúdo dela... Antes assim,, meu amigo, antes assim!

domingo, 6 de novembro de 2011

Curando um resfriado

          Esse foi um domingo de ficar de repouso, quietinha, curando-me de um resfriado forte causado pela mudança brusca d temperatura no decorrer da semana. Aproveitei então para derrubar a leitura do livro "A Peste" de Camus. Terminei lá pelas 19 horas e para encerrar este domingão resolvi cotejar o livro com a obra de Bergman,  O Sétimo Selo, q tb trata da peste e da morte. Duas obras, duas narrativas, dois tempos, mas uma mesma inquietação perpassam tanto o filme quanto o livro. O mesmo confronto com questões religiosas, morais e existenciais. Não foi de cortar os pulsos, pois o suícido é a saída menos honrosa para o homem q encara o absurdo da existência humana (tese de Camus em O Mito de Sísifo) e tb, ou principalmente,  porque o meu bom humor está hoje em um de seus dias d glória, naqueles em q nem eu escapo de minhas próprias piadas. Segue a dica para os visitantes deste blog. vale a pena o confronto das obras e das questões. Feridas são normais.  E o bom humor é fundamental.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Noel Rosa

Não Tem Tradução

Noel Rosa

O cinema falado é o grande culpado da transformação
Dessa gente que sente que um barracão prende mais que o xadrez
Lá no morro, seu eu fizer uma falseta
A Risoleta desiste logo do francês e do Inglês
A gíria que o nosso morro criou
Bem cedo a cidade aceitou e usou
Mais tarde o malandro deixou de sambar, dando pinote
Na gafieira dançar o Fox-Trote

Essa gente hoje em dia que tem a mania da exibição
Não entende que o samba não tem tradução no idioma francês
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
Com voz macia é brasileiro, já passou de português
Amor lá no morro é amor pra chuchu
As rimas do samba não são I love you
E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny
Só pode ser conversa de telefone..

http://www.youtube.com/watch?v=6R31Y6811TA&feature=related
Noel Rosa Cantado por Johnny Alf e Chico Buarque... Linda interpretação

Ensaios sobre a cegueira



           A Rubedo é uma revista de psicologia junguiana com a qual tomei contato no simpósio do final de semana. Deixo aqui o link para um artigo de Carlos Bernardi sobre o livro e o filme Ensaio sobre a Cegueira, com análises pautadas em Jung e Hillman (esse último é o proximo junguiano a morar na minha estante rsrsrs). Por sua vez, Carlos Bernardi, q esteve aqui no congresso, faz ótimas relações entre literatura e psicologia junguiana. Sua dissertação de mestrado aborda Fernando Pessoa. Para mim foi um prato cheio.
http://www.rubedo.psc.br/08outrub/cegueira.html