O filme é lindo, leve. Delicadeza na sétima arte.
sábado, 28 de dezembro de 2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
As urtigas de Tanizaki e os poetas de Jakobson
Nesses dois últimos dias, quase em férias, consegui parar para ler um pouco, na tarefa sisífica de aliviar uma lista imensa de títulos q me acompanha.
Seguindo à leitura de Saigyo, fui até Tanizaki, de quem li "Há quem prefira urtigas", breve romance que retrata a ocidentalização do Japão nos anos 20 e os confrontos com a tradição cultural através da história de um jovem casal dividido entre essas duas culturas. São duas formas de viver, de pensar e de amar que os arrastam, enredando-os em questionamentos sobre si mesmos.
Em seguida, tomei como leitura de hoje o ensaio iluminado de Roman Jakobson "A geração que esbanjou seus poetas", produzido quando do suicídio de Maiakóvski. No texto, Jakobson mostra que a morte do poeta, na verdade, era a queda de uma geração russa inteira, silenciada pelos rigores que a recente "revolução" soviética tomava. Deixo com vcs, o conhecido poema Sol de Maiakóvski, na transcriação de Augusto de Campos, e o link com outro poema, Amor, musicado por Caetano e cantado por Gal.
Marcadores:
literatura,
literatura brasileira,
literatura japonesa,
mpb.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
+Saigyo
Cada singular coisa
Sempre neste mundo
Muda e está mudando.
Com a mesma luz contudo
A lua segue brilhando.
Os ventos primaveris
Dispersaram as flores
Enquanto sonhava meu sonho.
Agora eu acordo,
Meu coração está perturbado.
Rasteando-se no vento,
A fumaça do Monte Fuji
Dissolve-se no céu.
Assim também meus pensamentos -
Seu lugar-de-repouso é desconhecido.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Tarde fria de primavera - lendo Saigyo
O som dum agitado córrego
Montanhês célere se precipitando
Faz alguém saber
Quão veloz a própria vida
É no seu curso arremetida.
A mente rumo à verdade
Começa, qual um arroio, rasa
No princípio, mas então
Adiciona mais e mais profundidade
Enquanto maior clareza vai ganhando.
Do livro "Poemas da Cabana Montanhesa".
Sobre o livro: http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2010/04/26/poemas-da-cabana-montanhesa-traz-versos-medievais-japoneses.jhtm
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
The Lizard King
Voltando da reinauguração da Livraria Liberdade, JF/MG, q agora é um BeatCafé. Booom demaais!!! Tributo a Jim Morrisson, com leituras de poemas dele, de William Blake, Rimbaud... tudo curtido no bom e velho rock'n'rool. Pra vcs deixo um pouquinho disso com http://letras.mus.br/jim-morrison/celebration-of-the-lizard/traducao.html#legenda
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Um pouco da Professora Fernanda
Deixo aqui, para quem se interessar, um pouco do que tem sido meu trabalho no ensino público no brasileiro. Trata-se de um livro em que relato minha experiência como professora de turmas de Laboratório de Aprendizagem. O material analisado é resultado do trabalho
desenvolvido na rede municipal de educação de Juiz de Fora, MG. O relato cobre
aspectos do processo de construção da leitura e da escrita por alunos inscritos
neste tipo de turma, especificamente, alunos com histórico de problemas de
aprendizagem que resultaram em defasagem na relação idade/série. A maioria
pertencia, principalmente, ao quarto, quinto e sexto anos do ensino
fundamental. Dentre os alunos participantes, alguns apresentavam distúrbios de
aprendizagem relativos à capacidade de linguagem, tais como dislexia, surdez, dislalia, etc. Quem se interessar, é só enviar e-mail para nandameireles@gmail.com. Não há custo porque o livro foi financiado com verba do Fundo de Apoio à Pesquisa no Ensino Básico _ FAPEB e, isso implica na não comercialização.
domingo, 22 de setembro de 2013
O último cabalista de Lisboa
A velocidade de postagens neste blog anda bem lenta, mas isso é por conta de outras incursões minhas em outros territórios, distintos, entretanto afins à literatura.
Para compensar isso, que não é distância, mas viagem em paralelo, das duas retas q se encontram no infinito, deixo aqui o relato de minha leitura de O Último Cabalista de Lisboa, escrito pelo judeu americano, naturalizado português, Richard Zimler.
O livro é uma reconstrução histórica dos confrontos produzidos pela Inquisição portuguesa na Lisboa no ano de 1506. Fatos e personagens reais e fictícios mesclam-se numa narrativa que descreve, às vezes de forma ácida, o massacre de judeus em um Portugal governado por um Dom Manuel complacente e covarde. Em termos de enredo policial e de suspense, o livro cumpre aquilo que é - um livro que segue roteiros tradicionais de literatura policial porque não pretende ter como leitor o erudito, mas a massa. Entretanto, como reconstrução histórica é muuiito bom. Constitui, para nós no Brasil contemporâneo, infelizmente, um livro de leitura obrigatória porque mostra a que ponto o fanatismo religioso, insuflado por intenções políticas e econômicas, pode levar um país.
Fernanda Meireles, 22.09.2013
Para compensar isso, que não é distância, mas viagem em paralelo, das duas retas q se encontram no infinito, deixo aqui o relato de minha leitura de O Último Cabalista de Lisboa, escrito pelo judeu americano, naturalizado português, Richard Zimler.
O livro é uma reconstrução histórica dos confrontos produzidos pela Inquisição portuguesa na Lisboa no ano de 1506. Fatos e personagens reais e fictícios mesclam-se numa narrativa que descreve, às vezes de forma ácida, o massacre de judeus em um Portugal governado por um Dom Manuel complacente e covarde. Em termos de enredo policial e de suspense, o livro cumpre aquilo que é - um livro que segue roteiros tradicionais de literatura policial porque não pretende ter como leitor o erudito, mas a massa. Entretanto, como reconstrução histórica é muuiito bom. Constitui, para nós no Brasil contemporâneo, infelizmente, um livro de leitura obrigatória porque mostra a que ponto o fanatismo religioso, insuflado por intenções políticas e econômicas, pode levar um país.
Fernanda Meireles, 22.09.2013
domingo, 18 de agosto de 2013
O Som da Montanha
Meu segundo Kawabata. Depois de "Beleza e Tristeza", ler "O Som da Montanha" é encontrar um Kawabata mais lírico e mais depurado ainda. E isso, em se tratando de Kawabata, é um exercício de maestria do qual se é difícil se aproximar porque a obra é construída com tal esmero q temos plena vivência da fronteira em q vive o personagem Shingo Ogata, nos perdendo dentro de seus conflitos nos quais sua mente que se quer lançar no que está além do mundo cotidiano e uma vida cotidiana q o clama para bx, para o confronto com os demônios pessoais de uma família em esfacelamento.É mais q um romance sobre o Japão pós segunda guerra, é mais q um romance sobre um homem velho q nada mais quer q viver em contemplação o que lhe resta da beleza e do erotismo desta vida. É um livro sobre estar aqui e se saber não ser daqui, mas ainda assim querer beber até a última gota, pois foi para isso q viemos. E fazer isso com suprema simplicidade, que é a arte de estar não sendo, que é a arte de manejar a espada da ação como um pintor maneja o pincel na construção do delicado traço. É preciso ter acima de tudo o domínio da força. Isso é o Som da Montanha.
Fernanda Meireles, 18/08/2013.
Fernanda Meireles, 18/08/2013.
sábado, 27 de julho de 2013
O Lobo da Estepe
O livro te queima, te purifica, te coloca olho no olho do abismo. Só para raros, só para loucos. No Teatro Mágico desta vida, onde tudo, no fim, é sempre o mesmo, a grande catarse é a gargalhada mítica e tenebrosa dos Imortais, daqueles q já descobriram a grande farsa de nossa pretensa grandiosidade, daqueles q sabem que o humor bota abaixo a importância q damos às cotidianas mesquinharias q praticamos todos os dias. O humano é risível acima de tudo.
O livro de Herman Hesse em excelente edição pocket, coisa rara no Brasil:
O filme conturbado, avant garde, de Fred Haines:
http://www.youtube.com/watch?v=a4qWlqSLrs0
O livro de Herman Hesse em excelente edição pocket, coisa rara no Brasil:
O filme conturbado, avant garde, de Fred Haines:
http://www.youtube.com/watch?v=a4qWlqSLrs0
sexta-feira, 28 de junho de 2013
filha de hermes
beijando o fio do abismo
a altura é meu
fio condutor
o espaço é minha régua
luz em manifestação
infinito
infinitude
minha natureza
sem tempo
sem espaço
filha de hermes
asas nos pés
eu vou
eu vou
sem lenço
sem documento
o sol na cara
o sol no peito
agora"eu estou"
no presente eterno "eu sou"
Fernanda Meireles, 28/06/2013
a altura é meu
fio condutor
o espaço é minha régua
luz em manifestação
infinito
infinitude
minha natureza
sem tempo
sem espaço
filha de hermes
asas nos pés
eu vou
eu vou
sem lenço
sem documento
o sol na cara
o sol no peito
agora"eu estou"
no presente eterno "eu sou"
Fernanda Meireles, 28/06/2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
meditação teosófica
Pergunta pra Blavatsky
Para ser um
poeta ocidental zen
é preciso
queimar muita lenha.
Um forno noborigama:
vc é o forno,
a lenha
e, tb, a peça de cerâmica.
Quem moldou
a peça de cerâmica?
Sei lá...
Pergunta pra Blavatsky.
Para ser um
poeta ocidental zen
é preciso
queimar muita lenha.
Um forno noborigama:
vc é o forno,
a lenha
e, tb, a peça de cerâmica.
Quem moldou
a peça de cerâmica?
Sei lá...
Pergunta pra Blavatsky.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
I'm beat
Vinho, blues e o diário de Kerouac. Minha alma beat, jeans e all star velho, canta em amplidão. Asas na estrada.
Deixo o link de um doc sobre a beat generation. Fui.
http://www.youtube.com/watch?v=Ik-4B2_QdsU
Deixo o link de um doc sobre a beat generation. Fui.
http://www.youtube.com/watch?v=Ik-4B2_QdsU
sábado, 27 de abril de 2013
outono
É outono, um frio devagar e claro de lua faz a noite recoberta de infinito silêncio. E de repente sinto despontando tímida e discreta a vontade de escrever. Vontade sumida, vontade em silêncio, pela qual, volta e meia me pergunto, mas não me cobro. Ela é o q há de mais livre em mim porque deve ser o mais verdadeiro, o mais íntegro e o mais belo.
E de repente no meio da tarde, ela me deu um alô assim um pouco distante, a meia voz, mas já se fazendo notar.
Com ela, como sempre, vem um monte de outras coisas, vozes e imagens a exigir uma alquimia q pode me custar caro. Não importa, desde muito cedo eu paguei todos os preços, empenhando até o que me era mais caro.
Eu vim aqui para o teste da vida, para a prova-dos-nove, para, no final, pagar o último preço: eu mesma. Não me importo: eu sou nada, eu sou absolutamente, nada, livre de qqr forma. Estrela explodindo na cara do universo. No fim, só a rosa solar, dourada, em pura luz.
Eu, uma quimera de um deus-menino numa tarde de outono brincando com bolinhas de gude, atirando pedrinhas ao longe, só pelo prazer de atirar. A plenitude da minha alma é ser a gargalhada desse deus-menino no meio da tarde, no meio do nada, dentro de mim.
E de repente no meio da tarde, ela me deu um alô assim um pouco distante, a meia voz, mas já se fazendo notar.
Com ela, como sempre, vem um monte de outras coisas, vozes e imagens a exigir uma alquimia q pode me custar caro. Não importa, desde muito cedo eu paguei todos os preços, empenhando até o que me era mais caro.
Eu vim aqui para o teste da vida, para a prova-dos-nove, para, no final, pagar o último preço: eu mesma. Não me importo: eu sou nada, eu sou absolutamente, nada, livre de qqr forma. Estrela explodindo na cara do universo. No fim, só a rosa solar, dourada, em pura luz.
Eu, uma quimera de um deus-menino numa tarde de outono brincando com bolinhas de gude, atirando pedrinhas ao longe, só pelo prazer de atirar. A plenitude da minha alma é ser a gargalhada desse deus-menino no meio da tarde, no meio do nada, dentro de mim.
sábado, 2 de março de 2013
I celebrate Walt Whitman
today
with all my forces
I celebrate Walt Whitman
A celebration
A song of myself
with all my forces
I celebrate Walt Whitman
A celebration
A song of myself
Para ver: https://www.youtube.com/watch?v=uOo4kqkhYag
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Um exército pela estrada
Apenas vamos pela estrada eu e esse exército de outros eus q sou eu em forma plural. Todos soldados comigo à frente, muitos maltrapilhos, outros feridos, outros envaidecidos por glórias conquistadas, outros vis por saques surdinamente empreendidos. Vamos pela estrada como que voltando de uma guerra, a guerra de ser. Uma guerra cotidiana, sob sol, chuva, calor ou frio.
Uma guerra sem propósito algum, mas uma guerra q precisa ser feita até que ela mesma se consuma e, ao final, se deposite nas mãos do não-ser a espada cansada empunhada por um braço mutilado.
Uma guerra sem propósito algum, mas uma guerra q precisa ser feita até que ela mesma se consuma e, ao final, se deposite nas mãos do não-ser a espada cansada empunhada por um braço mutilado.
Fernanda Meireles, 12.02.2013
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Homenagem às rainhas
Uma filha da rainha do mar prestando homenagem à rainha dos raios. Quando essas duas rainhas se juntam qualquer navio fica à deriva se a força do comando fraqueja.
Salve a rainha do mar.
Salve a rainha pagã dos relâmpagos,
Meu mar inteiro como céu para tuas tempestades.
Iansã
Salve a rainha do mar.
Salve a rainha pagã dos relâmpagos,
Meu mar inteiro como céu para tuas tempestades.
Iansã
Demburê,
Inemburê
Mavanjú
Inemburê mavamjú
Inemburê BelaOya
Mavanjú
Inemburê mavamjú
Inemburê BelaOya
Senhora
das nuvens de chuva
Senhora do mundo dentro de min
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo Bom, Tempo ruim
Senhora do mundo dentro de min
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo Bom, Tempo ruim
Demburê,
Inemburê
Mavanjú
Inemburê mavamjú
Inemburê BelaOya
Mavanjú
Inemburê mavamjú
Inemburê BelaOya
Senhora
das chuvas de junho
Senhora de tudo dentro de min
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo Bom, Tempo Ruim
Senhora de tudo dentro de min
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo Bom, Tempo Ruim
Eu sou
o céu para as tuas tempestades
Céu partido ao meio no meio da tarde
Eu sou o céu para as tuas tempestades
Céu partido ao meio no meio da tarde
Eu sou o céu para as tuas tempestades
Deusa
Pagã dos relampagos
Das chuvas de todo ano dentro de min
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo bom, Tempo ruim
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo Bom, Tempo Ruim
Das chuvas de todo ano dentro de min
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo bom, Tempo ruim
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo Bom, Tempo Ruim
Aew
didi Aew dindá
Oya matamba te aruê
Oya matamba te aruê
Rainha
dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo Bom, tempo ruim
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo bom, tempo Ruim...
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo Bom, tempo ruim
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo bom, tempo Ruim...
O link para ver e ouvir Rita Ribeiro e Bethânia: https://www.youtube.com/watch?v=1oaAJDKkDkg
domingo, 3 de fevereiro de 2013
+Pessoa iniciático.
Um poema iniciático:
E um pra ocasião. Domingão, estirada na cama e na preguiça, um céu alto e amplo entrnado pela janela, música e poesia:
Nas
cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.
Nunca a
alheia vontade, inda que grata,
Cumpras por própria. Manda no que fazes,
Nem de ti mesmo servo.
Ninguém te dá quem és. Nada te mude.
Teu íntimo destino involuntário
Cumpre alto. Sê teu filho.
Cumpras por própria. Manda no que fazes,
Nem de ti mesmo servo.
Ninguém te dá quem és. Nada te mude.
Teu íntimo destino involuntário
Cumpre alto. Sê teu filho.
E um pra ocasião. Domingão, estirada na cama e na preguiça, um céu alto e amplo entrnado pela janela, música e poesia:
DA
MINHA ALDEIA vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.
xxxxxxxxxxxxx
Esse tb, muito simbólico pra quem saber ler, pra quem sabe ver.
+arnaldo antunes
Se o coração disparar
Quando eu levantar os pés do chão
A imensidão vai me abraçar
E acalmar a minha pulsação
Quando eu levantar os pés do chão
A imensidão vai me abraçar
E acalmar a minha pulsação
Num dia a leveza de arnaldo
Num Dia
Lavar o pé na água pra depois sujar de areia
Esperar o vaga-lume piscar outra vez
Ouvir a onda mais distante por trás da onda mais próxima
Sujar o pé de areia pra depois lavar na água
Respirar
Sentir o sabor do que comer
Caminhar
Se chover, tomar chuva
Não esperar nada acontecer
Ser gentil com qualquer pessoa
Sentir o sabor do que comer
Caminhar
Se chover, tomar chuva
Não esperar nada acontecer
Ser gentil com qualquer pessoa
Sujar o pé de areia pra depois lavar na água
Lavar o pé na água pra depois sujar de areia
Esperar o vaga-lume piscar outra vez
Ouvir a onda mais distante por trás da onda mais próxima
Lavar o pé na água pra depois sujar de areia
Esperar o vaga-lume piscar outra vez
Ouvir a onda mais distante por trás da onda mais próxima
Respirar
Sentir o sabor do que comer
Caminhar
Se chover, tomar chuva
Ter saudade no final da tarde
Para quando escurecer, esquecer
Ao se deitar para dormir, dormir (4x)
Dormir.
Sentir o sabor do que comer
Caminhar
Se chover, tomar chuva
Ter saudade no final da tarde
Para quando escurecer, esquecer
Ao se deitar para dormir, dormir (4x)
Dormir.
http://www.youtube.com/watch?v=WgZqm_htwSs
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
dois livros e um bispo
Às vezes dá vontade
de agarrar a vida
com uma duas
dez mãos
e levar à boca
e trincar nos dentes
como uma fruta
no ponto
São dois livros para crianças que movem qqr adulto a voltar a si em busca de primórdios. Dois livros para viver a poesia e a arte conjugadas.
Roseana Murray: Fruta no ponto.
Eucanaã Ferraz: Bicho de sete cabeças e outros seres fantásticos.
Depois um documentário para ver quem via além.
Primeira parte: http://www.youtube.com/watch?v=0oUwX6uFoTk
Segunda parte: http://www.youtube.com/watch?v=a1gShldxygw
de agarrar a vida
com uma duas
dez mãos
e levar à boca
e trincar nos dentes
como uma fruta
no ponto
Eucanaã Ferraz: Bicho de sete cabeças e outros seres fantásticos.
Depois um documentário para ver quem via além.
Primeira parte: http://www.youtube.com/watch?v=0oUwX6uFoTk
Segunda parte: http://www.youtube.com/watch?v=a1gShldxygw
sábado, 26 de janeiro de 2013
Amanhecendo
Montando meu ateliê/biblioteca. Minha vida, a estrada que segue. O sol ressurge fulgurante, invadindo janelas e paredes q, agora, são de vidro. A luz toma conta de tudo. É paz, estou em mim. Um grande oceano me aguarda. Barcos, meus braços. Nadar à larga, que, agora, estou.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
+Orides Fontela
Tempo
a abrigar-se em si mesma
sem memória
O fluxo
onda ser
impede qualquer
flor de reinventar-se em
flor repetida.
O fluxo
destrona
qualquer
florde seu agora vivo
e a torna em sono.
O
universofluxo
repeleentre as flores estes
cantosfloresvidas.
__Mais
eis que a palavra
cantoflorvivênciare-nascendo perpétua
obriga o fluxo
cavalga o fluxo num milagre
de vida.
Orides Fontela
A um passo de meu próprio espírito
A um passo impossível de Deus.
Atenta ao real: aqui.
Aqui aconteço.
A um passo impossível de Deus.
Atenta ao real: aqui.
Aqui aconteço.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Poesia e Cabala
Não dava pra não comentar. Minha primeira leitura de poesia do ano vai ficar na veia: Yona Wollach, hebraica, uma hilda hilst inspirada pela cabala... Vale a pena a leitura do livro
Deixo tb estes dois links com material pra leitura:
http://www.cronopios.com.br/site/ensaios.asp?id=4862
e http://www.usp.br/imprensa/wp-content/uploads/16_02_2011_033.pdf
Yona e o Andrógino -- Notas Sobre Poesia e Cabala, de
Moacir Amâncio, edição Nankin/Edusp.
http://www.cronopios.com.br/site/ensaios.asp?id=4862
e http://www.usp.br/imprensa/wp-content/uploads/16_02_2011_033.pdf
Assinar:
Postagens (Atom)