sábado, 5 de abril de 2014

(sem título)

        Faz uns dias q eu ando assim... longe do mundo. E agora, como um raio, me caiu a percepção de que esse tipo estado me foi sendo construído ao longo do tempo, na sucessão de caminhos dessa minha estada aqui. E aí eu percebo q esse planar me traz algumas coisas q só hj, só nesse momento compreendo. Hj percebo como sou difícil de ser capturada, embora queira absurdamente sê-lo. Queria um vínculo assim  q me prendesse a um estado, a uma situação, a algo q me fizesse querer descer pra descansar as asas. Sinto-me, absurdamente, como um navio a deriva no alto-mar e isso não me assusta, não me alegra, é algo q eu sou, apenas isso. Pra mim tanto faz. E não é pra isso q se está por aqui.
      Então me surge essa sede... Sedento ser em vôo, cansado de céu... mas sem nada que o prenda em gozo ao chão. E eu aqui escutando Rolling Stones, desejando algo que me bata na veia, numa overdose de vida que me liberte de mim mesma.
      É... essa sede foi se acumulando e me deixando cada vez mais longe de tudo que é meia medida, com cansaço de tudo q é bom senso. Td por um terremoto q me tire a solidez, td por um vento ensandecido q me bloqueie as asas. Conheci alguém q disse q queria morrer com um meteoro,  um cometa, algo assim lhe explodindo no meio do peito. Eu não quero morrer assim, eu quero viver assim. Onde há vida nesse mundo?
                                                                               Fernanda Meireles, 05/04/2014

Pra fechar, um rolling stones: https://www.youtube.com/watch?v=B51A6bcMeDY


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