quinta-feira, 16 de junho de 2011

Leituras



            Adentrei a madrugada, mas dei conta de terminar o livro de contos de Katherine Mansfield, traduzido por Alexandre Barbosa e Carlos Eugênio Marcondes de Moura na edição verde (lindíssima) da CosacNaify.
                    Autora de cerca de uma centena de contos, de diários e de uma vasta correspondência, Mansfield teve uma vida breve e uma trajetória errática e conturbada por crises sentimentais e relacionamentos inconfessáveis na atmosfera vitoriana em que viveu meros 34 anos (1898-1923). Influenciada por Tchekhov, admiradora de Joyce e admirada por Virginia Woolf, moderna não só na literatura mas em seu comportamento sexual e amoroso, a escritora neozelandesa inventou a sua própria forma de conto. Detinha-se no instante e na intensidade dos pequenos acontecimentos, sem explorar tramas romanescas. Esta edição reúne contos da mais fina produção da escritora. Em relação às publicações anteriores no Brasil há correções importantes de erros de revisão e de tradução, que comprometiam às vezes a intelecção de passagens inteiras. Foram incluídas, também, notas esclarecedoras sobre contextos locais. A edição traz, ainda, apêndice com trechos de seus diários comentando cada conto, bem como sugestões de leitura e fotos inéditas do arquivo Katherine Mansfield da Biblioteca Nacional da Nova Zelândia.

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