domingo, 12 de junho de 2011

Passagem

Aquilo que, timidamente, imaginou um escolar está patente,
manifesto diante de si. E vagueia, e passa a noite,
e deixa-se arrastar. E, como é (para nossa arte) conveniente,
a seu sangue, novo e quente,
a volúpia desfruta. A seu corpo vence
uma ilícita embriaguez erótica; e os membros jovens
entregam-se a ela.

                       E é assim que um simples rapaz
se torna digno de que o vejamos, e é assim que pelo Elevado
Mundo da Poesia também ele passa, por um instante -
o rapaz  sensitivo com seu sangue novo e quente.

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