sábado, 25 de junho de 2011

Leituras

               Hoje eu consegui terminar a leitura do  livro do Joca Terron, Sonho Interrompido por Guilhotina.Ele foi uma das minhas aquisições de obras de  autores contemporâneos na minha última ida ao Rio. Terron é um dos autores novos que acompanho pela net ou através de publicações especializadas. Conheci-o através de um artigo do Jornal Rascunho. A leitura se estendeu mais, não em função do livro, mas, para variar, por conta do excesso de trabalho.
             O livro é repleto de referências ao universo da literatura, do cinema, da música... São tantas as referências q, caso o leitor não as reconheça nem q seja vagamente, pode ficar com cara de quem não entendeu a piada. Porém, isso não impede o fluxo narrativo ou o conjunto, às vezes fragmentário, de situações narrativas porque, na mairia dos textos do livro, o autor não tem preocupações em manter a linearidade clássica. Isso tudo faz com q o livro exija uma espécie de leitor que não aquela afeita aos textos facilmente digeríveis.
           Dentre as principais referências literárias presentes nos textos, inclusive como personagens dos episódios (ou sonhos) estão Valêncio Xavier, José Agrippino de Paula, Glauco Mattoso e Raduan Nassar. A presença deste último se dá em "Cem mil frangos fantasmas" que, junto a "Expurgos na via pública", "Pequenos danos" e "Monumento ao escritor desconhecido" são os textos de que mais gostei. Todos têm a literatura como foco principal, discutindo, de modo inteligente (e irônico),  o mundo literário de hoje, a questão do escritor frente ao mercado e à questão do fim da literatura.     
 
       Consegui terminar tb a leitrua de Eros e Psiquê na tradução de Ferreira Gullar.  Peguei o livro na biblioteca da escola  muito por causa das ilustrações belíssimas de Fernando Vilela. Eu tinha levado os alunos para fazerem os empréstimos de férias e, como sempre, fiquei eu tb namorando os livros. Então, resolvi trazê-lo comigo. É a história que eu já conhecia, mas na tradução confiabilíssima de Ferreira Gullar. A  leitura foi prazerosa e mais uma vez me suscitou algumas reflexões, dessa vez, bastante incrementadas pela leitura em curso dos volumes de Mysterium Coniunctionis de Jung. E novamente fiquei assombrada com a capacidade grega de compreensão do humano, capacidade q, infelizmente, nós cada vez perdemos mais. Se, como ocidentais, somos seus herdeiros, como temos tratado essa herança? Com um descaso e uma ignorância arrogantes? Com certeza, infelizmente.

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